sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A Cabana

Um pai amoroso. Uma filha linda. Uma família feliz. A morte da filha linda por um serial Killer. A grande tristeza de toda família. Agora, o que isso tudo tem haver com Deus? Com cristianismo? Com religião? A Cabana explica. Diferente dos livros que dizem "Deus é amor", "Deus é justo", etc, A Cabana mostra o porque da dor, do sofrimento, da perda.

Não é preciso ser versado em C.S. Lewis ou no Novo Testamento para entender o livro. Mais do que um best-seller, A Cabana traz uma temática ineressante: Se Deus é amor, se ele quer vê seus filhos felizes, então porque existe tanto sofrimento no mundo?

Mack, o pai da pequena Missi que foi brutalmente assassinada, é o protagonista da história. O acampamento é o inicio da chamada Grande Tristeza. Depois de ter a filha brutalmente assassinada, Mack não se conforma. Num dia de inverno qualquer, ele recebe um bilhete de ninguém menos que Deus, pedindo para ele voltar A Cabana. Chegando lá, ele encontra a Trindade. Deus pai aparece como uma acolhedora dona-de-casa negra (parece uma mistura do misterioso Oráculo, da série Matrix, com a ama carinhosa de E o Vento Levou...), o Espírito Santo é uma diáfana mulher oriental e Jesus é um jovem carpinteiro que faz piada sobre o próprio narigão judaico.
Embora o livro de William Young se encaixe numa visão cristã tradicional, Deus sugere que o relacionamento direto com Deus pode prescindir de Igrejas.

Em A Cabana o final é cheio de esperança. Depois de algum trololó divino, Mack, o pai que teve a filha de 6 anos morta por um assassino serial, se convence de que a Criação é perfeita e Deus é bom.

"Resolvi escrever um romance porque a arte e a ficção se comunicam mais diretamente com a alma das pessoas", afirmou Young, de 53 anos a revista VEJA. Ele tem razão. Dizer abstratamente que Deus é amor convence menos do que apresentá-lo assando uma torta para um pai desesperado. Young conta que escreveu A Cabana em um período de sua vida em que ele mesmo precisava de consolo – havia perdido um irmão e uma sobrinha de 5 anos. O livro também valeu para acertar certos conflitos da infância. Missionários evangélicos, os pais de Young o arrastaram, ainda menino, para Papua-Nova Guiné, um deslocamento traumático para ele – que sofreria abuso sexual na tribo em que seus pais pregavam. "Em muitos sentidos, Mack sou eu", afirma. Com sua apologia de uma relação direta com Deus, A Cabana vai na linha oposta à religião dos pais do autor. "Minha mãe até achou o livro meio herético", diz Young.

A Cabana é o primeiro lugar da lista de VEJA a pelo menos 8 semanas e no último mês ocupava o topo da lista de ficção em brochura do New York Times. Young já anda viajando o mundo para promover seu livro – estará no Brasil entre 27 e 30 de outubro.

Leia um trecho do livro no seguinte link: http://www.livrariacultura.com.br/imagem/capitulo/2559118.pdf

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