terça-feira, 24 de março de 2009

U.S. News & World Report cita adventistas como modelo

Mais um GOLprós Adventistas! Um artigo da U.S. News & World Report apresenta os “10 hábitos de saúde que ajudarão você a viver até os 100”. No ponto número oito o conselho é: “Viva como um adventista do sétimo dia”.Eles destacam o estilo de alimentação e também que os adventistas estão bem focados na família e na comunidade. O artigo se encontra em inglês.

Parte da Matéria
8. Live like a Seventh Day Adventist
Americans who define themselves as Seventh Day Adventists have an average life expectancy of 89, about a decade longer than the average American. One of the basic tenets of the religion is that it's important to cherish the body that's on loan from God, which means no smoking, alcohol abuse, or overindulging in sweets. Followers typically stick to a vegetarian diet based on fruits, vegetables, beans, and nuts, and get plenty of exercise. They're also very focused on family and community.

Tradução
8. Viva como uma Adventista do Sétimo Dia
Americanos que definem a si próprias como Adventistas do Sétimo Dia têm uma média de vida de 89, cerca de uma década mais do que o americano médio. Um dos princípios básicos da religião é a importância de conservar o corpo, que está em empréstimo de Deus. Isso significa não fumar, evitar abuso de álcool ou de doces. Seguidores típicos tem uma dieta vegetariana baseada em frutas, legumes, feijões, nozes, além de realizarem muitos exercícios. Eles são também muito centrado na família e na comunidade.

Fonte: Criacionismo.com.br

segunda-feira, 23 de março de 2009

As influências em O Senhor dos Anéis

"O mundo está dividido entre aqueles que leram O Senhor dos Anéis e aqueles que ainda vão ler."
Sunday Times

O Senhor dos Anéis é um romance de fantasia criado pelo escritor, professor e filólogo britânico J. R. R. Tolkien. A história se passa na terra média (que por questões de ética, não vou mais detalhar. Quem quiser leia o livro.)
Últimamente, muita gente do meio evangélico passou a criticar a obra de Tolkien. Pior: sem nem sequer ter tocado em um de seus livros. Ou assistido o filme. O que muita gente não sabe (e isso é muito legal em O Senhor dos Anéis) é que o altor criou toda uma fantasia vom forte influência... CRISTÃ. Isso mesmo. O Senhor dos Anéis possui mais figuras cristãs do que muita gente imagina.

A religião de Tolkien
Católico do pé roxo, Tolkien foi um dos responsáveis por trazer "para o nosso lado" aquele que seria um dos grandes nomes do cristianismo do século XX: C. S. Lewis.
Quando Tolkien o conheceu, Lewis era agnóstico. Tolkien logo se empenhou para convertê-lo ao catolicismo. No entanto, Lewis preferiu o anglicanismo.
A religião sempre foi um motivo de afastamento entre Tolkien e C. S. Lewis, especialmente pela forma diferente como ambos a tratavam. Tolkien inclusive não apreciou muito As Crônicas de Nárnia. Considerava demasiadamente alegórica. Entretanto, ele não odiou o livro (como pensam alguns).
A religião no livro de C. S. Lewis é bem explícita. Em Tolkien, ela é oculta em personagens, lugares e até atitudes. Mas não é alegórica (construção de que Tolkien não gostava). Apesar dos desentendimentos Tolkien e Lewis foram grandes amigos[1].
De fato, O Senhor dos Anéis provavelmente não existiria sem o incentivo de C. S. Lewis. Aliás, Lewis foi o primeiro a ouvir a história, e Tolkien jamais deixou de admirar a grande inteligência do seu amigo.

Influências Cristãs na obra de Tolkien
De inicio, O Senhor dos Anéis começou com uma "exploração" nos campos da filosofia, religião (catolicismo), conto de fadas, assim como mitólogia nórdica. Eram áreas de interesse pessoal de Tolkien.
Além desses, a obra de Tolkien foi influenciado, de forma crucial, pelos fatos que ocorreram em seu serviço militar durante a Primeiro Guerra Mundial[2].
Tolkien criou um universo fictício completo e altamente detalhado (), onde O Senhor dos Anéis se passa. Muitas partes deste mundo eram (como ele admitia livremente) influenciado por outras origens[3].
Uma vez, Tolkien descreveu O Senhor dos Anéis ao seu amigo jesuíta Robert Murray, como “um trabalho fundamentalmente religioso e Católico, inconscientemente no início, mas ciente disso na revisão [do livro].” [4]
Há muitos temas teológicos subjacentes na narrativa. Há a luta de bem contra o mal, o triunfo do excesso vaidade na humanidade e a atividade da Graça Divina. Além disso o trecho do Pai Nosso e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal” esteva sempre presente na mente de Tolkien quando descreveu luta de Frodo de contra o poder do Um Anel[5].

Influências não cristãs
Os motivos religiosos não cristãos também tiveram fortes influências na Terra-média de Tolkien. Os Ainur (uma raça de seres angelicais que foram responsáveis pela concepção do mundo) incluíam os Valar (que formam um panteão de “deuses” quem são responsáveis por toda a manutenção do Mundo em seus aspectos materiais e abstratos). O conceito dos Valar ecoa na mitologia grega e nórdica, embora os próprios Ainur e o mundo sejam criações de uma divindade sozinha - Ilúvatar ou Eru, “O Único”.
As mitologias do norte europeu são talvez as mais bem conhecidas influências não-Cristãs em Tolkien. Seus elfos e anões são parecidos e muito baseados na mitologia nórdica e relacionados à mitologia germânica [6].
Os nomes tais como “Gandalf”, “Gimli” e “Terra-média” são derivados diretamente do mitologia nórdica. A figura de Gandalf é particularmente influenciada pela divindade nórdica Odin em sua encarnação como “O Viajante”, um homem velho com uma longa barba branca, um chapéu de bordas largas e uma cajado. Tolkien declarou que pensava em Gandalf como um “Odin errante” em uma carta de 1946 [7].
As influências específicas incluem o poema Anglo-Saxão Beowulf [8].

Influências Externas
O Senhor dos Anéis foi fortemente influenciado pelas experiências de Tolkien durante a Primeira Guerra Mundial (onde lutou), e pela partida de seu filho para lutar Segunda Guerra Mundial.
Depois da publicação de O Senhor dos Anéis, ocorreu a especulação que o Um Anel fosse um metáfora da bomba nuclear [8]. Tolkien, entretanto, insistiu repetidas vezes que seus trabalhos não apresentavam aquele tipo de alegoria[9], indicando no prefácio de O Senhor dos Anéis que não havia gostado desta especulação e que a história não era alegórica.
Tolkien já tinha terminado grande parte do livro, incluindo o final, antes que as primeiras bombas nucleares tivessem sido conhecidas pelo mundo, com sua explosão em Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945.
Alguns locais e suas características foram inspiradas em lugares da infância de Tolkien como Sarehole (então uma vila de Worcestershire, agora parte de Birmingham) e Birmingham [10].
Tolkien sugeriu que o Condado e suas redondezas eram baseados nos campos em torno da faculdade de Stonyhurst em Lancashire, que Tolkien freqüentou durante a década de 40 [11].

Referências
BRUNER, Kurt; WARE, Jim. Encontrando Deus em O Senhor dos Anéis. 1ª Ed. São Paulo: Bom Pastor, 2003.

CARPENTER, Humphrey. As Cartas de J. R. R. Tolkien. 1ª Ed. Curitiba: Arte e Letra, 2006.

DURIEZ, Colin. Tolkien e Lewis: O dom da amizade. 1ª Ed. Rio de Janeira: Nova Fronteira, 2006.

SMITH, Mark Eddy. O Senhor dos Anéis e a Bíblia. 3ª Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2002.

Notas
[1] DURIEZ, Colin. Tolkien e Lewis: O dom da amizade. Nova Fronteira.
[2] Influences on the Lord of the Rings
[3] CARPENTER, Humphrey. As Cartas de J. R. R. Tolkien. Brasil: Arte & Letra. Letter 19, 31 de dezembro de 1960.
[4] Idem.
[5] Idem.
[6] Idem. cartas 144 & 236 dezembro de 1960.
[7] Idem.
[8] SHIPPEY, Tom . J. R. R. Tolkien Author of the Century. HarperCollins.
[9] The LOTR Props Exhibition: Steve la Hood Speaks.
[10] TOLKIEN, J.R.R. The Lord of the Rings. HarperCollins, 1991.
[11] CARPENTER, Humphrey. As Cartas de J. R. R. Tolkien. Brasil: Arte & Letra. Cartas 178 & 303 dezembro de 1960.

Obervações sobre "Deus é estilista?"

Alguns pontos são importantes:

* Quem quiser debater o assunto, mande e-mail, scrap me adicione no MSN... ou trate nos comentários por aqui mesmo.

* Assim como a Igreja Adventista, acho que a verdade é progressiva. Sendo assim, se me convencerem Biblicamente de que a minha posição está equivocada, abandono-a.

* E se alguém tiver alguma observação, é bem vinda!

* Outras questões controvérsias (que minha posição é diferente da maioria Adventista) como batismo de juvenis, leitura de livros como O Senhor dos Anéis e Harry Potter, e outras tantas coisas... talvez será retratada adiante (dependendo das besterolas que saírem na net)!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Deus é estilista?

Os fariseus atacam de novo! Eles sempre surgem. O termo usado aqui para Fariseu é aquele conhecido "fulaninho legalista". Costuma fazer comparações e é muito rápido em observar o exterior.

No tempo de Jesus, eles eram as principais pedras de tropeço pro povo (Mt 23:13). Eram certinhos, o que alimentava sua hipocrisia (Mt 23:27 e 28). Pior: a pessoa convertida por eles se tornava duas vezes mais legalista do que eles (Mt 23:15).

Em suma, foram as principais dor de cabeça de Jesus. Hoje em dia a onde do farisaismo ataca de novo. E numa versão moderna, claro. Os modernos fariseus não "pegam no pé" de quem não lava as mãos (Mc 7:1-6), mas de quem acompanha o Flamengo (ou São Paulo) no domingo, assiste os Simpsons (ou Capitu) e lê Harry Potter (ou O Senhor dos anéis).

O "bicho pega" no uso de jóias. Questões culturais são atropeladas e julgamentos de caráter são feitos com a mesma facilidade e na mesma velocidade que o Shummacher vencia o Rubinho Barrichelo nos tempos de Ferrari. Nosso Deus de repente vira um "deus estilista" que observa os penteados, as roupas, os sapatos, as bijoterias, a maquiajem... Quando na verdade a principal preocupação deveria ser o interior:

Quando deixou o povo e entrou em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe acerca da parábola. Respondeu-lhes: Sois também vós assim ignorantes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode tornar impuro, porque não lhe entra no coração, mas vai ao ventre e dali segue sua lei natural? Assim ele declarava puros todos os alimentos. E acrescentava: Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem. Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem.
Marcos 7:17-23

Então vamos por partes. Não vou defender o uso de jóias. Também não vou ser contra. Tentarei ser imparcial, objetivo, neutro e usarei o Sola Scriptura. Comecemos das Origens.

Origens das Jóias
Deus fez todo o ouro, prata, e pedras preciosas do mundo (Sl 24:2) e pretendia usa-las de maneira prática. Como esses minerais são raros e valiosos, eles começaram a ser usados como moeda.
Com o passar do tempo, o povo começou a usar seu dinheiro a fim de impressionar os outros com sua riqueza. Quando os compradores iam ao mercado para comprar algum item caro, eles simplesmente tiravam um de seus anéis ou braceletes, e efetuavam o pagamento.
Depois que Rebeca deu a beber aos camelos do servo de Abraão, a Bíblia diz que ele "pagou" a ela dessa maneira. (Gên. 24:22).
Quando em exodo 35 os filhos de Israel trouxeram uma oferta ao Senhor, para construir o tabernáculo, eles usaram as jóias que tinham "recebido" dos egípcios (Ex 11:2 e 12:35-36). ESSE ERA SEU DINHEIRO.
Os problemas começavam quando os Israelitas começavam a se vangloriar e exaltar exibindo suas jóias, ops, dinheiro. Por isso, todo ato de purificação, exigia a retirada de jóias (Gn 35:1-4). Seria certo o Cristão exibir sua riqueza? Não. Isso é cobiça. E cobiça é pecado (I Tim. 6:10).
Portanto, nossa primeira conclusão é que a proibição do uso de jóias no Antigo Testamento está ligado ao "exibicionismo".

O uso de Jóias no restante do Antigo Testamento
Não vou avaliar verso por verso, claro. Mas no restante do Antigo Testamento o uso de jóias foi tratado de modo indiferente. Usar jóias era como usar uma camisa preta: tem gente que usa. Gostam de usar preto. Tem gente que não usa. Não gosta.

Salomão insinua várias vezes no livro de Cantares que Sulamita, sua esposa, usa jóias. E perfume da mais alta qualidade. E tratamento de pele.

Jeremias descreveu bem a atração que as mulheres judia tinha pelas jóias, quando disse:

Acaso se esquece a virgem dos seus adornos?(Jeremias 2:32).

As mulheres hebréias usavam pulseiras, colares, brincos, anéis de nariz, e cadeias de ouro. Tanto as mulheres como os homens hebreus usavam braceletes ou pulseiras (Gênesis 24:30). Hoje, os povos do Oriente próximo consideram o bracelete de uma mulher como emblema de elevado status ou realeza, como provavelmente era nos tempos de Davi (II Samuel 1:10). O bracelete da mulher comum podia ter sido usado no pulso, como o é hoje (Ezequiel 16:11).

Apesar de Jezabel, algumas passagens dão a entender que Deus gostava das mulheres bem adornadas. Inclusive usando pearcings!

Repare seu desabafo contra Jerusalém em Ezequiel 16, comparando a cidade santa a uma mulher que ele cuidou muito bem e que depois não soube reconhecer seus cuidados.

Também te vesti de bordados, e te calcei com pele de dugongo (uma espécie de peixe boi), cingi-te de linho fino, e te cobri de seda. Também te ornei de enfeites, e te pus braceletes nas mãos e um colar ao pescoço. E te pus um pendente no nariz, e arrecadas nas orelhas, e uma linda coroa na cabeça. Assim foste ornada de ouro e prata, e o teu vestido foi de linho fino, de seda e de bordados; de flor de farinha te nutriste, e de mel e azeite; e chegaste a ser formosa em extremo, e subiste até a realeza. Correu a tua fama entre as nações, por causa da tua formosura, pois era perfeita, graças ao esplendor que eu tinha posto sobre ti, diz o Senhor Deus.
Ezequiel 16:10-14

Em outra passagem lemos o seguinte:

Com grande alegria eu me rejubilarei no Senhor e meu coração exultará de alegria em meu Deus, porque me fez revestir as vestimentas da salvação. Envolveu-me com o manto de justiça, como um neo-esposo cinge o turbante, como uma jovem esposa se enfeita com suas jóias.
Isaías 61:10


Ou seja, a alegria da salvação é comparada às vestimentas de uma jovem esposa, que se enfeita com suas jóias!

No Novo Testamento
É baseado em dois versos bíblicos que os que falam mal de jóias as proíbe. Um se encontra lá em 1 Pe 3:3-4. O outro está em 1 Tm 2:9-10. Pedro e Paulo proíbem claramente algo. Mas não é o que muita gente anda falando por aí...

Analisemos os versos. Tiro os dois da Bíblia de Jerusalém (a melhor tradução disponível em língua portuguesa):

Não consista o vosso adorno em exterioridades, como no traçado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, nem no trajar vestes finas, mas nas qualidades pessoais internas, isto é, na incorruptibilidade de um espírito manso e tranqüilo, que é coisa preciosa diante de Deus.
I Pe 3:3-4


Primeiro é necessário vê que a temática do verso é submissão e santidade (I Pe 3:1).

Depois, Pedro ensina que a beleza da mulher cristã (a VERDADEIRA BELEZA) está no seu INTERIOR e não no seu exterior.
A mulher deve buscar o “enfeite espiritual”. É a santidade e a “submissão” que tornam a mulher crente louvável. Isto é diferente de dizer que as mulheres cristãs não devem se arrumar com jóias. Leiam e releiam o verso novamente até isso ficar claro. O adorno não deve consistir em exterioridades... mas nas qualidades pessoais internas.

Que a mulher não deve ser escrava da vaidade, isto é uma verdade. E um fato. Mas daí dizer que a Bíblia proíbe a mulher de se arrumar, ou de usar uma jóia, é forçar as Escrituras.


Quanto às mulheres, que elas tenham roupas decentes, se enfeitem com pudor e modéstia; nem tranças, nem objetos de ouro, pérolas ou vestuários suntuosos; mas que se ornem, ao contrário, com boas obras, como convém as mulheres que se professam piedosas.
I Tm 2:9-10

Mais uma vez vemos que a temática do capítulo é a mesma do analisado anteriormente: santidade e submissão. Paulo até diz que a mulher deve se enfeitar, mas com pudor e modéstia. Depois ele afirma que as mulheres não devem por tranças, objetos de ouro, pérolas ou vestuários SUNTUOSOS. Leia e releia o verso até vê claramente essa sequência. A temática condenada por Paulo é o exagero. O adorno feminino deve ser as boas ações.

Por fim, se formos usar "a mesma medida" de proibições sem contextualizações, proibiriamos as mulheres de usar tranças (I Tm 2:9), elas teriam que usar véu (I Cor 11:5 e 6)
ou então seria vedado às mulheres o direito de pregar ou dar estudos bíblicos (I Tm 2: 11 e 12). E isso (lógico) é algo preconceituoso e que nenhum cristão em sã consciência iria aceitar.

Conclusão
Como vimos,
não há na Bíblia instrução contra uso de jóias, mas princípios que devem nortear o viver cristão. Entre eles estão a importância do adorno interior (I Pe 3:3 e 4), a modéstia Cristã (I Tm 2: 9 e 10). Esses principios podem ser aplicados não só ao uso de jóias, mas a outras coisas também.

Não acho uso de jóias pecado. Nem vejo tal condenação com base bíblica. O que vejo é que uma jóia NÃO revela mal caráter. E a ausência de jóias NÃO garante bom caráter. Se a mulher quer ficar mais bonita, é um direito dela. E não devemos pegar no pé (nem confundir beleza com vestes que incitam o pecado, ok?) de questões "superfulas", visto que existe coisas mais importantes para o cristão se preocupar (Mc 7:17-23).

Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.
1 Co 10:31

Por fim, é bom lembrar que a pior vaidade é a espiritual. Foi justamente essa que fez Lúcifer e os fariseus caírem.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A Aposta da Pascal

A Aposta de Pascal, criada por Blaise Pascal, longamente apresentada no livro "Pensamentos", não é um argumento direto da existência de Deus. É um argumento que poderá ser considerado calculista, a favor de um comportamento humano de acordo com a existência de Deus, seguindo a "razão do coração". Este argumento tem mais ou menos o conteúdo que se segue:

  • Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, será beneficiado com a ida ao paraíso.
  • Se você acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, não terá perdido nada.
  • Se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver certo, não terá perdido nada.
  • Se você não acredita em Deus e nas Escrituras e estiver errado, você irá para o inferno.

No entanto, este argumento é uma maneira muito tendenciosa para se tentar convencer as pessoas da possibilidade da existência de Deus. Se analisado, constataria-se que é uma falácia Argumentum ad Baculum (Apelo à Força). A Aposta de Pascal afirma que se deve acreditar no Deus judaico-cristão. Porém existem milhares outros deuses a serem considerados como existentes ou não. A crença no "deus errado", de acordo com a maioria das religiões, é punida da pior maneira possível. Portanto, as chances de acertar acreditando no Deus judaico-cristão são muito menores do que o estipulado por Pascal (50%).

Outra coisa a se considerar é o fato de existirem "deuses não-documentados" com propriedades bem diferentes do que as estipuladas pela Bíblia: onipresença, onisciência, onipotência, benevolência etc. do tipo

Esta "aposta" nos leva a acreditar em algum deus, com o pressuposto que isto é vantajoso você estando certo e insignificante se estiver errado. Depois basta a você escolher o seu deus, se será um Deus supremo, criador de todas as coisas e auto suficiente. Ou deuses com poderes limitados que necessitam até mesmo da existencia de um outro deus superior a este.

A Aposta de Pascal também pode ser usada para tentar-se provar que outras religiões estejam certas, como trocar as Escrituras pelos Evangelhos, ou peloCorão, por exemplo. No entanto, o resultado, se devidamente analisado, mostrará que as possibilidades de se crer no deus estipulado são mínimas. A conclusão sobre o assunto é variável de acordo com as crenças de cada um. A Aposta, no entanto, independentemente das controvérsias religiosas, é um interessante jogo de raciocinio.

É de Blaise Pascal a frase "O coração tem razões que a própria razão desconhece". No fundo, a "aposta" nada mais é do que o homem seguir a "razão do coração", que diz que é somente em Deus que o coração humano pode verdadeiramente repousar. E, enquanto isso não acontece, permanece inquieto, como diria Santo Agostinho no começo do livro "Confissões".

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ciência ou religião?

André Petry escreveu um artigo sobre o ensino do criacionismo nas escolas. Até aí tudo bem. Como todo bom jornalista ele tem total direito e liberdade de opinar. Como um dos editores da maior revista do Brasil (e 4º do mundo) era de se esperar que ele trouxesse algo a polêmica. Porém o que se viu (como bem disse o Michelson Borges) foi um monte de artigo já surrado. Todo o artigo parece um monte de CTRL + C, CTRL + V.
Escolas Confessionais
A primeira falácia de Petry é com relação as escolas confecionais. Ele cita as escolas Adventistas e a Mackenzie como dissiminadoras de tais "heresias".
Primeiro eu pergunto: qual o problema Senhor Petry? Pelo que já vi, as escolas estão ensinando as duas coisas: ensinam as "verdades cientifícas" da evolução e ensinam qual o entendimento que, como religiosos, tem da questão. Ou será que agora as escolas cristãs vão ter que negar a sua própria natureza?
O Reinaldo Azevedo disse bem em seu blog: "Resta evidente que as escolas não estão fazendo opções radicais, excludentes. Ademais, ainda que estivessem, as famílias têm o direito de escolher que educação querem dar a seus filhos, segundo sua história, sua religião, suas tradições. Ou, agora, vamos proibir as escolas judaicas, por exemplo, de expor a sua visão de mundo aos estudantes? É incrível como o preconceito anticristão vem sempre vazado numa perspectiva supostamente iluminista e de combate ao preconceito, quando, de fato, o que se tem é o contrário. A teologia vigente nas escolas, religiosas ou não, que precisa ser combatida é outra: a vigarice esquerdopata, o marxismo de fancaria."

A evolução é fato. E aí de quem discordar.
Uma das coisas que eu acho mais engraçado nesses argumentos que vem com preconceitos anti-cristãos é o fato de que eles acabam se tornando o que combatem. Explico melhor: o Richard Dawkins vive dizendo que não se pode desafir um cristão porque eles são uns fundamentalistas que acreditam em determinadas coisas só porque está escrito num livro. E ponto final. Aí de quem discordar deles...
Infelizmente, determinados tipos de cristãos de agido assim. Mas não é porque uma maçã é podre que todo o cesto está podre. Não. O próprio Jesus dizia para examinar as escrituras. Os Cristãos tem evidências suficiente nas profecias para crerem que estão seguindo um Deus que deixou um livro inspirado.
Agora , aí de quem discordar do Dawkins e CIA. Você seria um herege, irracional, que não pensa. "Não, o criacionismo é ilógico. Ponto. Porque? Porque você está me perguntando isso? A ciência diz e ponto final".
Sinceramente, acho que os fundamentalistas são outros...

Ciência ou religião?
Duvide da teoria de Darwin num curso de biologia, e a Santa Inquisição aparecerá logo logo. Só que com uma roupagem acadêmica.
Ciência e religião estão cada vez mais trocando os papéis. Concordo com William Hurlbut, em texto publicado na Folha de S.Paulo em janeiro de 2006: "A ciência ultimamente lembra mais a religião do que qualquer outra coisa. Como conseqüência, ela sofre dos mesmos problemas que historicamente afetaram a religião: triunfalismo, arrogância e falta de autocrítica."

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O mal existe?

Um professor ateu desafiou seus alunos com esta pergunta:
- Deus fez tudo que existe ?
Um estudante respondeu corajosamente:
- Sim, fez !
- Deus fez tudo, mesmo ?
- Sim, professor - respondeu o jovem.
O professor replicou:
- Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o Mal, pois o Mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é o Mal.
O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito.
Outro estudante levantou sua mão e disse:
- Posso lhe fazer uma pergunta, professor ?
- Sem dúvida - respondeu-lhe o professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
- Professor, o frio existe ?
- Mas que pergunta é essa ? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio ?
O rapaz respondeu:
- Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.
- E a escuridão, existe ? - continuou o estudante.
O professor respondeu:
- Mas é claro que sim.
O estudante respondeu:
- Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é, na verdade, a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço ? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo ? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:
- Diga, professor, o Mal existe ?
Ele respondeu:
- Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o Mal.
Então o estudante respondeu:
- O Mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O Mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o Mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor. O Mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.