quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Quando Deus criou os ateus

Três anjos quase morreram de rir quando Deus disse que inventaria ou permitiria que nascessem alguns ateus.
- Como assim, ateu, Senhor? – Quis saber um anjo se acabando de rir da graça divina.
- Bem – disse Javé – eles acreditarão que são tão geniais, tão inteligentes e cheios de razão, tão incrivelmente brilhantes, que só podem mesmo ser frutos de uma coincidência.
Ploft! Caem os três anjos desmaiados de tanto gargalhar.
- Podem rir – prosseguiu o Todo-Poderoso – farei os tais ateus sim, para Mim nada é impossível.
- Posso sugerir uma coisa, Senhor – pediu o anjinho menos risonho.
- Diga – disse Ele.
- Os ateus acreditarão que são feitos simplesmente de matéria perecível, mas ao mesmo tempo se verão como o mais magnífico ser que existe, já que sabem dos mistérios últimos da existência e nem perceberão o paradoxo desse raciocínio.
- Gostei, serão paradoxos ambulantes, inclusive culparão o Criador pelas misérias do mundo, afirmarão que absolutamente o absoluto não existe e que é pura verdade que cada um tem sua própria verdade. Ah, suas almas o tempo todo afirmarão que a alma não existe. A negação da própria existência é uma idéia que ocorrerá a alguns deles, o que é natural e nada paradoxal, afinal se Deus não existe, como o homem poderia existir?!

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